Bebê

Bebê
Bebê espantada

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Participação Especial de Minha Esposa Josiane...

Me senti mãe a partir do momento em que li a palavra POSITIVO. Desse momento em diante, todos os meus pensamentos e minhas atitudes se voltaram para a maternidade, e não poderia ter sido diferente, foi aí que passei a conhecer o tal "instinto materno"...

A minha moeda deixou de ser "Real" para ser "Fralda", sim...é isso mesmo, tudo calculado em fraldas e muito bem pensado antes de gastar dinheiro em alguma besteira, algum supérfluo...foi então que percebi que já estava me posicionando em segundo plano, o tal instinto materno lembra?

Gerei durante nove meses um ser fruto de um amor verdadeiro, mudei radicalmente os hábitos alimentares (nem sempre pra melhor), mudei o guarda-roupas, tive os nervos a flor da pele e senti muuuuuuuuuuuuuito medo (além de dor nas costas), enjoei de "água" (sério, tomar água me dava náuseas), tive muita AZIA (nem posso me lembrar...), e uma série de outros desagradáveis sintomas.....que acredite, esquecemos muito rápido (talvez por isso algumas mulheres dizem que a gravidez foi ótima, super tranquila e que não sentiram nada....DU-VI-DO!!!)

Ahhhh, mas as coisas boas a gente não esquece...todo mundo parecia ser mais gentil comigo, prestativo....Mas o mais maravilhoso era poder ouvir um coraçãozinho acelerado batendo dentro de mim, sentir movimentos suaves e muitas vezes bruscos, passar uma tarde divertidíssima no estúdio fazendo fotos da barriga, contar os dias para ir ao médico fazer o ultrason, ver mil vezes as imagens e imaginar, imaginar, imaginar e imaginar....

Bom...deixo um conselho para as futuras mamães e papais...não planeje muito sobre a educação do seu filho e sua conduta como mãe e pai, qualquer teoria que se imagine, na prática NÃO FUNCIONA! E para quem tem medo de perder a liberdade, que não vai mais poder fazer festas, beber até cair, DORMIR a noite toda ou naquela tarde de domingo de chuva, torrar no sol no horário do meio-dia (putz, essa era uma das minhas coisas favoritas) acredite...nada disso terá mais importância!

Agora, já com a Betina fazendo parte de minha vida, percebi que esse papo de que são os filhos que precisam se inserir na nossa rotina e não nós na deles também é a maior furada pois nunca mais consegui almoçar quando senti fome, tomar banho quando senti vontade, dormir quando senti sono, mas sim quando a Betina está dormindo ou quietinha no carrinho (coisa rara) ou quando o pai dela está em casa ou alguma visita para ficar com ela (sim...eu tomo banho quando tem visita em casa). Tá certo que existem "bebês" e "bebês"...alguns são calminhos e serenos, ficam quietos em qualquer lugar, qualquer colo, dormem que é uma beleza.....mas não é o caso da minha "bebê"...apelidada carinhosamente por mim de "bonequinha do posto".....porque simplesmente não para quieta, é super agitada, alguns amigos até se espantam com a esperteza dela...é curiosa, atenta a tudo....mas então, concluindo...talvez um dia, quando ela for maior e puder haver um diálogo entre nós, ela consiga se inserir na nossa rotina, mas ainda assim, a nossa rotina nunca mais será a mesma de antes, nessa altura, acredito já haver um equilíbrio na tal "rotina" atendendo às necessidades e limitações de ambas as partes.

A maternidade não é um mar de rosas, mas não é meeeesmo...principalmente nos benditos 3 meses de cólica...que sufoco! Nessa fase, foi muito importante a presença e ajuda da minha mãe, que esteve comigo durante o dia durante nos primeiros 30 dias ajudando com a Betina e nas tarefas da casa, sem ela eu não teria dado conta! Até hoje quando me aperto acabo pedindo socorro pra ela, meu pai ou minha irmã, que também ajudaram nessa fase. Sem falar na presença e AJUDA do pai, que até hoje acorda comigo nas madrugadas para trocar fraldas, fazer arrotar, dormir, enfim....hoje em dia, como diz o ditado "não basta ser pai"...ele pega junto mesmo, e sei que na minha ausência ele dá conta do recado, o que acho fundamental! Mas com certeza é a maternidade que dá sentido a vida, pelo menos eu senti dessa forma...e com certeza antes disso eu não sabia o que era um AMOR INCONDICIONAL...e o amor cresce a cada dia, é algo incrível, que as vezes parece até que me sufoca...eu não tenho vontade de sair de perto dela...posso ficar horas olhando pra ela....posso perder várias horas de sono (até hoje não sei como fiquei 5 dias direto sem dormir quando ela nasceu....e não tô exagerando, eu simplesmente não dormi meeeessssmoooooo, nem um cochilinho pra contar história)

Enfim...são tantas coisas que eu gostaria de escrever, de compartilhar... mas realmente agora falta tempo...a única coisa que eu sei é que minha filha não nasceu com cara de joelho como todos os bebês nascem, não faz aquele cocô fedido como todos os outros bebês fazem e não fica com aquele cheirinho azedo de tanto vomitar como todos os outros bebês ficam...só não me perguntem por que....kkkkk.....com certeza a Betina é a coisa mais importante que aconteceu em minha vida e que faz meu coração transbordar de alegria todos os dias....